sábado, 31 de agosto de 2013

Adormecer

A solidão invade meu quarto,

A saudade habita meu coração.

Minha alma viaja pelos sentimentos,

Conduzida pelos pensamentos,

Que não se livram das lembranças.

E a falta que tu me fazes

Faz em minha vida ficar

Este gosto de desejo

Que passeia por meus lábios.

E agora, enquanto tu dormes,

Eu, sendo tua, choro,

Porque sei que dormes só,

Querendo-me junto a ti.

Calada, vivo estranhamente,

Porque sem ti

Metade de mim adormece,

E a outra metade sonha.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Insônia

Não sei o que há em mim,
Que distância que nos afasta me traz um nó, 
Uma tristeza sem fim.

Não sei o que há em mim,
Que nem o Sol, nem a Lua
Me tiram esse medo de viver sem ti.

Não sei o que há em mim,
Que sinto nas gotas de chuva
Uma vontade estranha
De chorar a dor de partir.

Não sei o que há em mim,
Que vejo nas estrelas
O brilho dos teus olhos,
E o motivo para não dormir.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Sussurros

Mesmo que eu não fale, mesmo que eu não escreva, os sussurros da minha alma alcançarão seu coração, e não serão necessárias palavras, nem gestos, nem olhares, pois nossos sonhos já falam o mesmo idioma, e caminham na mesma direção.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Alimentar-se do amor

Que virtude há em amar,
Se não é possível, louvável,
Autorizado viver de amor?
Que sabor há em amar,
Senão caminhar de mãos dadas?
Que valor há em amar,
Sem dormir em teus braços,
Sonhar contigo?
Ah, a dor desse desgosto,
Dessa infâmia, dessa perda,
A dor desse tempo, dessa eternidade.
A dor da realidade.
Esse amor paralelo,
Quente e tão frio, doce e tão amargo,
Eterno e tão finito, colorido e tão cinza.
Que felicidade há num pingo de oceano,
Senão banhar-se completamente?
Que resta a um amor assim,
Senão mais mil anos?
Que resta a quem sofre,
Senão a espera, a solidão, a dor?
Que resta a quem ama,
Senão amar e amar?
Alimentar o amor,
Alimentar-se do amor...


sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Alma de Poeta

Querido amigo,


Você me pediu um presente especial, que não se pudesse comprar, uma coisa exclusiva, e não há maneira melhor de homenagear meu parceiro de blog, meu grande amigo, que não seja criando um poema para você; então, aí vai:

                Não há sombra, vento ou tempestade,
                Não há treva, névoa ou destino.
                Não há tempo, passado ou futuro,
                Não há pedras, quedas ou abismo.

                Não há sequer um momento,
                Não há dor, tormento.

                Não há gente, crença, insanidade,
                Não há diferença, não há maldade.
                Não há no mundo um amigo
                Que mereça mais lealdade.

                Julia Ferreira


Com exclusividade para Ranulfo Junior.
Parabéns!!!!!! Desejo a você toda saúde, alegria, paz, sucesso e algumas dores, para que nunca pare de escrever... rsrsrs



quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Sempre Amor

Se houver vida após a morte,
eu desejo ter a sorte,
de te amar de novo,
Se houver outra vida,
outras mil, ou até mais,
que eu não tenha paz,
até te amar de novo.
E se não houver nada além de escuridão e o silêncio velado,
Saiba que ainda assim serei feliz, por nesta vida ter estado a seu lado.

Ranulfo Junior